Psicoterapia e Neurodesenvolvimento
Neurodesenvolvimento e Psicoterapia da Infância e Adolescência

Neurodesenvolvimento é um termo que se refere ao desenvolvimento do cérebro e seus processos neurológicos que influenciam o desempenho ou o funcionamento da criança (por exemplo, funcionamento intelectual, capacidade de leitura, habilidades sociais, memória, atenção ou habilidades de foco). Embora as perturbações do neurodesenvolvimento abrangem um espectro variado de condições, as em foco de especialidade aqui são o Autismo, Síndrome de Asperger, Dificuldades Intelectuais e Perturbação Hiperatividade e Défice de Atenção.

A psicoterapia da infância e adolescência psicanalítica refere-se ao tratamento de um leque variado de condições de saúde mental que afectam o desenvolvimento mental, comportamental e emocional da criança, adolescente e família. Os psicoterapeutas infantis trabalham individualmente com a criança, a família e a escola. A psicoterapia infantil é um dos tratamentos considerado mais adequado quando dificuldades psicológicas ou emocionais ocorrem por algum tempo, ou são bastante graves.

Tanto no neurodesenvolvimento como em outras patologias, a psicoterapia, aliada indispensável da pedopsiquiatria, abrange a criança, apoia a família e a escola, estendendo-se assim pelo mundo da criança e em que ela opera.

Exemplos de tratamentos psiquiátricos:

A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma perturbação do desenvolvimento com raízes genéticas e neurológicas conhecidas. Raramente é fruto de má parentalidade ou falta de regras. A PHDA tem início na infância. A exigência de que vários sintomas estejam presentes antes dos 12 anos de idade exprime a importância de uma apresentação clínica substancial durante a infância, que transversalmente apresenta os seguintes sintomas:

Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras actividades (p. ex., negligencia ou deixa passar detalhes, o trabalho é impreciso). Tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou actividades lúdicas (p. ex., dificuldade de manter o foco durante as aulas, conversas ou leituras prolongadas). Parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra directamente (p. ex., parece estar com a cabeça noutro lugar, mesmo na ausência de qualquer distracção óbvia). Não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (p. ex., começa as tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo). Tem dificuldade para organizar tarefas e actividades (p. ex., dificuldade em gerir tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e objectos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; má gerência do tempo; dificuldade em cumprir prazos) Perde coisas necessárias para tarefas ou actividades (p. ex., materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular). É facilmente distraído por estímulos externos.

Evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lições de casa) Levanta-se da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula). Corre ou sobe para cima de coisas em situações em que tal é inapropriado. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em actividades de lazer calmamente. Tem dificuldade para esperar pela sua vez (p.ex., aguardar em uma fila). Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas, jogos ou actividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão. Apresenta dificuldade em controlar a raiva, excitação e uma impulsividade marcada.

Além da terapêutica médica eficaz, é essencial o acompanhamento psicoterapêutico (comportamental e psicodinâmico) da criança, envolvendo os pais, abordando as questões comportamentais e emocionais de todos. A inclusão de trabalhar com os professores é fundamental, apoiando os professores com estratégias práticas e terapêuticas em conjunto com os pais para a criança ter uma imprescindível continuidade terapêutica consistente.


  • Depressão
  • Psicose Infantil e da Adolescência
  • Perturbações de Ansiedade
  • Abuso Sexual
  • Abuso Emocional
  • Recusa Escolar
  • Autismo (Programas individuais para com a criança, família e escola)
  • Transtornos da Alimentação
  • Divórcio Parental
  • Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA)
  • Problemas de vinculação
  • Adições
  • Transtornos Obsessivo- Compulsivos
  • Perturbações de Comportamentos Disruptivos e do Controlo dos Impulsos
  • Terapia Familiar
  • Dependência da Tecnologia (computadores, telemóveis, jogos electrónicos, internet e similares).
  • Psicoterapia especializada para o neurodesenvolvimento